Tudo começou com um sonho de Darcy Ribeiro: “Sonhei com um lugar diferente, um lugar onde as crianças brincavam, estudavam e faziam esportes”. Ao contar sobre o sonho ao amigo Oscar Niemeyer, ganhou um aliado. “Como estudante da Escola Nacional de Belas Artes, poderia pensar em um lugar bonito para essas crianças. Posso desenhar!” Animado com a ajuda do amigo, Darcy concluiu: “Esse lugar vai se chamar Ciep”.
Dessa forma, a história do Ciep Presidente Tancredo Neves, primeiro Centro Integrado de Educação Pública do Rio de Janeiro, no Catete, começou a ser contada pela turma do 1º ano, por meio de uma apresentação teatral no evento de comemoração dos 30 anos da escola. De maneira simplificada, a narrativa remete ao projeto criado na década de 1980 pelo antropólogo e educador Darcy Ribeiro, quando ele era vice-governador do Rio de Janeiro. Na ocasião, o objetivo dos Cieps era proporcionar educação, esportes, assistência médica, alimentação e atividades culturais variadas.
Com a aprovação do então governador Leonel Brizola, Darcy solicitou a Oscar Niemeyer um projeto arquitetônico adequado à proposta. E em 8 de maio de 1985, era inaugurada a primeira unidade: o Ciep Presidente Tancredo Neves, nome em homenagem ao político que havia falecido poucos dias antes (em 21 de abril de 1985).
Dia de festa
Alunos, professores e familiares participaram da festa de aniversário do Ciep, que aconteceu na quadra esportiva da escola, no final do mês de maio, e contou com a presença de Helena Bomeny, Secretária Municipal de Educação.
Durante a comemoração, além da encenação da turma do 1º ano, alunos cantaram e dançaram ao som de Cidade Maravilhosa (composição que é hino oficial da cidade), de André Filho, e Não Quero Dinheiro, de Tim Maia. Ainda em clima musical, o aluno Ramon de Oliveira Alves, da turma 1.501, tocou na flauta doce a composiçãoAsa Branca, de Luiz Gonzaga.
Durante a comemoração, além da encenação da turma do 1º ano, alunos cantaram e dançaram ao som de Cidade Maravilhosa (composição que é hino oficial da cidade), de André Filho, e Não Quero Dinheiro, de Tim Maia. Ainda em clima musical, o aluno Ramon de Oliveira Alves, da turma 1.501, tocou na flauta doce a composiçãoAsa Branca, de Luiz Gonzaga.
Também como parte da programação do evento, um grupo de alunos do 2º ano leu o Estatuto das Pessoas, que decreta a soberania da verdade e de outros valores importantes buscados na escola todos os dias, como a fraternidade, a esperança e a justiça.
Amor pela escola
Hoje integrante da equipe de apoio à Direção, Neyda Lúcia de Almeida Campos já foi professora, coordenadora e diretora adjunta até se aposentar. De 1985, quando começou a trabalhar no Ciep, até os dias atuais, Neyda coleciona momentos inesquecíveis. “Lembro o dia da inauguração, em que o professor Darcy nos olhou e disse: ‘Meninas, eu confio em vocês’. Isso me marcou muito. Sonhei em me aposentar nessa escola e realizar o sonho que ele depositou em nós”, emociona-se.
Desde 2005 na escola, Deise Santos, diretora, também se lembra com carinho dos momentos vividos e das histórias de vida difíceis de alguns alunos. “Faço um trabalho profissional, mas com amor. Tentamos oferecer um porto seguro a eles. Espero que a escola possa formar pessoas melhores e crianças com um futuro brilhante. Acredito nesse trabalho e por isso estou aqui. Queremos melhorar cada vez mais!”
Segundo Helena Bomeny, o Ciep Presidente Tancredo Neves vem mantendo uma tradição de trabalho muito boa e competente. “Este é o tipo de escola que a gente quer: uma escola que acredite no aluno, faça um bom trabalho, com professores envolvidos e que traga a comunidade para dentro da escola.”
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